Planejamento Estratégico - Dany Novaes

02/07/2011 18:33

 

Planejar, segundo o dicionárioweb significa “traçar”, fazer o plano de, projetar e programar. Estratégia, no mesmo dicionário, significa “arte de planejar operações de guerra”, “arte de combinar a ação das forças militares” ou “arte de dirigir um conjunto de disposições”. Juntando-se as duas definições pode-se parafrasear a idéia do planejamento estratégico da seguinte maneira: “Um plano de operações, combinando ações e dirigindo um conjunto de disposições.”

 “O planejamento define o que a empresa pretende fazer no futuro e como deverá fazê-lo. Por essa razão, o planejamento constitui a primeira função administrativa e define os objetivos para o futuro desempenho organizacional, bem como decide sobre os recursos e tarefas necessários para alcançá-los adequadamente.” (Chiavenato 2008)

Os antigos gregos criaram o termo estratégia. A terminologia estratégia só passou a ser utilizada no contexto de negócios na Revolução Industrial, no final do século XIX tornando-se de fato relevante no século XX. Na primeira metade do século XX surgiram os fundamentos da formulação de estratégias para as organizações modernas. O primeiro modelo conceitual para a geração de estratégias foi formulado por Ansoff (1965).

“Drucker (1962) teve um papel preponderante para consagrar a lógica do uso de um planejamento formal para propiciar à empresa algum controle positivo sobre as forças do mercado.”

O planejamento estratégico quando bem elaborado possibilita que os objetivos propostos pela empresa sejam alcançados. Apresenta-se como uma ferramenta indispensável para organizações que buscam sustentabilidade à longo prazo, permanecer vivas e competitivas no mercado. A evolução acelerada do mercado tem proporcionado situações e criado diferenciais competitivos absolutamente dinâmicos fazendo com que as empresas busquem, cada vez mais, se organizar e definir seus objetivos e estratégias de curto, médio e longo prazo.

“Graças ao planejamento, o administrador se orienta para os fins visados e as ações necessárias para alcançá-los, baseando-se em algum método, plano, meio ou lógica e não ao acaso.” (Chiavenato 2008)

A visão estratégica está totalmente relacionada ao processo de planejamento. Significa ter faro fino e detectar possíveis mudanças, direcionando esforços, inspirando, animando e motivando, com proatividade, o propósito em ação, em fato concreto. A visão traz inspiração ao ambiente de trabalho, é o ideal a ser alcançado e deve ser conhecida por todos na organização.

“Os responsáveis pelas decisões eficazes criam estratégias da seguinte forma: desenvolvendo a intuição coletiva, que amplia a capacidade da equipe de alta gerência enxergar as ameaças e oportunidades com antecedência e com maior precisão.” (Kathleen M. Eisenhardt – 2002)

 O planejamento estratégico possui muitas variáveis e processos interligados. É de suma importância uma análise sistemática do ambiente. Análise ambiental é o processo de analisar as oportunidades visualizadas no ambiente externo que envolvem a empresa, mais especificamente no mercado, bem como as restrições, limitações, contingências, coações e ameaças nele existentes.

É imprescindível fazer a prospecção do futuro para antecipar problemas e ultrapassar a simples visão de sobrevivência das empresas.

“A empresa não está sozinha no mundo dos negócios, e a estratégia não funciona no vácuo. A estratégia representa o comportamento de uma empresa diante do ambiente que a circunda.” (Chiavenato 2008)

Sem a análise ambiental a empresa estará à mercê de acontecimentos não previstos, de estratégias sem fundamentos, de objetivos mal formulados e de metas desconectadas da realidade e baseadas em meros palpites.

“Uma consideração da necessidade dos administradores realizarem uma análise do ambiente baseia-se na teoria geral dos sistemas. De acordo com essa teoria, as organizações são mais do que fechados, sistemas abertos. Ou seja, as organizações modernas são influenciadas pelo ambiente e estão constantemente interagindo com eles. Como as organizações são sistemas abertos, os fatores ambientais inevitavelmente as influenciam, e cabe aos administradores assegurar que essa influência seja canalizada para uma direção positiva e que contribua para o sucesso organizacional.” (Alan Chang – PUC/RS – 2002).

Um bom modelo, que auxilia a análise do macro-ambiente da organização, é o de construção de cenários exploratórios que possibilitam a visualização dos futuros prováveis. Estes cenários podem ser criados e refletidos em reuniões de palpites sobre o futuro. Estas reuniões podem ser periódicas, sendo realizadas anualmente ou semestralmente com a alta direção da empresa. É um momento onde flui a troca de opiniões e percepções sobre possíveis acontecimentos de médio e longo prazo em diversos setores do macro-ambiente: político, econômico, social, cultural. Todas as observações são feitas sendo relacionadas ao ambiente do trabalho. Ajudam a detectar como o cenário futuro poderia afetar a organização. Este exercício de visualização em grupo possibilita uma sintonia entre os líderes a respeito do panorama futuro.

“Os cenários são um dispositivo poderoso para se levar em conta a incerteza, ao se fazerem escolhas estratégicas. Eles permitem que uma empresa se afaste de previsões perigosas de um único ponto do futuro em casos em que este não pode ser previsto. Os cenários podem ajudar a estimular os gerentes a fazer suas suposições implícitas sobre o futuro explícito, e a extrapolar o pensamento convencional existente.” (Michel E. Porter, 1985)

Outro modelo que auxilia na análise do ambiente interno é a utilização da matriz estratégica SWOT. A análise SWOT, parte das inicias das palavras inglesas: Strenghs (forças), Weakness (fraquezas), Oportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Esta ferramenta possibilita identificar os pontos fortes e ressaltá-los ainda mais e ao mesmo tempo identificar os pontos fracos para corrigi-los e minimizar seus efeitos. Os pontos de maior força e maior fraqueza devem ser priorizados ao se tratar as estratégias. Possibilita também associar cada ponto forte ou fraco a um departamento ou área da empresa.

A visualização dos cenários e a análise SWOT possibilitam o posicionamento estratégico da organização, a hora de decidir e se posicionar. A alta liderança precisará, diante dos dados, definir diretrizes e princípios orientadores visando alcanças suas metas e objetivos.

“O posicionamento estratégico é, antes de tudo, uma escolha. Você escolhe atender um determinado perfil de cliente, oferecer uma determinada lista de atributos, cria uma determinada cadeia de valores. Essa escolha envolve uma outra decisão fundamental: decidir o que você NÃO vai oferecer, que produtos não vai vender, em quais mercados não vai atuar. ” (Raúl Candeloro, 2009)

É importante possuir objetivos claros e decisivos. Os objetivos são o ponto de partida. Os esforços devem estar direcionados por meio dos objetivos gerais, que precisam ser claramente entendidos.

 

Bibliografia Consultada:

A. CONSUMANO, Michael; C. Markides, Constantinos. Pensamento Estratégico.  Rio de Janeiro: Campus, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração para não-administradores: a gestão de negócios ao alcance de todos. São Paulo: Saraiva, 2008.

PORTER, MICHAEL E. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

Relatório de Atividades ENEJ / Planejamento Estratégico – Cássio Melo.

https://www.dicionarioweb.com.br

https://www.catho.com.br/cursos/index.php?p=artigo&id_artigo=47&acao=exibir&

https://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/a-importancia-do-planejamento-estrategico-para-sua-empresa-2380/artigo/

https://www.universia.com.br/html/materia/materia_bcee.html

 

 

 

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